Não volte.
Não é necessário.
Demorou mas superei você.
Não se estrague ao retalho, que se torna quando em pena se transforma.
Não me engane.
Não se faça de desentendido, com essas juras de amor sem sentido.
Não olhe em meus olhos com suas mentiras.
Estes, que tanto amei e agora me chicoteia.
Estes, que tanto me encheram de luz e agora raiz de todo mal provocam.
Por que choram?
Era eu quem deveria chorar, mas você drenou minhas lágrimas.
Agora, semeia suas mentiras na esperança de a chuva retornar.
Mas não retorna.
Agora acabou.
Sou dona de mim e daqui me movo para longe.
Para longe da dor.
Para longe do amor.
Para longe de tudo.
Para longe de tu.
Não me siga!
Meu caminho é estreito e árduo, preciso seguir sozinha.
Porque há coisas que a vida quer conversar comigo pessoalmente e se eu tivesse de explicá-las, você não entenderia.
Me deixe com meu vazio.
Vou amar este buraco.
Ele é lindo e me ensina.
Me deixe comigo, eu me preencho. Não mais dos teus olhos, mas da minha cegueira.
Do meu não saber.
Do meu não conquistar.
Do meu arrastar, me preencho.
Veja! Sou plena.
Cheia de falhas e defeitos e sigo contando vantagem de cada um deles.
Não me olhe mais, nem me deseje. Não é necessário.
O mundo me quer.
A vida me quis.
Aqui estou. Sou de mim.
Mas, obrigada pelo buraco que em mim deixou.
Ele me completou e a cada buraco me refaço da dor e cimento o amor.
Comentários
Postar um comentário