Na luz eu me faço
No peito há o cansaço
Cansaço do iluminado
Que em forma se fez flor, e na dor se fez amor
No meu quarto, novamente me desfaço
Atrás das paredes desnudas me refaço
Onde ninguém vê, ou valoriza este espaço
Preenche - se então, novamente a compensação.
Minha bagunça é a realidade, minha vida a simples conformidade
Por entre as manchas e sujeira
Por entre a o pano amarrotado e em meio ao emaranhado, organizo aquilo que se chama real
O real em mim, é o defeito que é para ti
O real em mim, é aquilo que sou mas oculta-se por medo
O real em mim é a cor
O real em mim é a dor
O real em mim é a flor
O real em mim é o amor
Cor de parede manchada, cor de parede descascada
Dor de quem possui tudo e não possui nada
Flor que não é bela para perspectiva alheia, mas que na arte se desenha
Desenha também o amor, através da palavra
A palavra significa
A fotografia demonstra
O sentimento revela
Bem vindo à minha bagunça
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