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Mostrando postagens de fevereiro, 2022

Lótus

 A flor de lótus desabrocha Em meio à aguas negras de noites geladas Sob as estrelas o branco demonstra Sua calma beleza enquanto ventos carregam seu perfume Vívida é sua doçura Mas que durante o amanhecer se desmancha Flores caídas contudo, não estão mortas Dormem sonolentas em águas profundas Para que do seu pendor o desejo nasça E força pela vida ganhem novamente Retomando como das cinzas o seu presente Desalento daqueles que não compreendem de onde realmente provém sua fonte Fonte da Imagem: https://br.pinterest.com/pin/753578950158673721/

Florescer dos Meus Demônios

 Quando não fui capaz de dominar a mim, os demônios se apossaram.  Há muito conhecia seus rostos. Rostos que sempre espreitaram. Suspeitando então da minha vaga lucidez, os aparentados me amarraram em torres de papel, de paredes escritas com insensatez. Nuas porém, vibravam com meus gritos apavorados. Cada grito possuía sua própria intenção. Uns de despir as roupas do mundo...outros minha própria ilusão...E havia aqueles que me corroíam, por não conseguir achar escapatória nas palavras e com as mãos já cansadas, eu me despedaçava... De corpo doído e alma esmigalhada, ao cessar da insistência dos demônios, que em algum momento haveriam de dormitar, levantei-me a declarar: - Não sou livre. Não sou. Mas pelo menos conheço minha prisão e minha dor. Enquanto puder sorrir, sorrir ei. E enquanto puder o sol admirar, admirá-lo ei. Assim como a lua esperarei, daqui desta torre de papel pichado.  Mas o dia chegará em que a haverei abandonado, rasgando tudo como rasgou-se minha alma. Rasgando fin

Desejo

 Condeno-me...  Condeno-me devido ao meu desejo Pois, desejo o que se opõe à moral Moral imposta e que desafia o instinto geral  Alimenta-se da hipocrisia  E em pacto supostamente fiel se encerra    Mas diante do silêncio que reverbera  Quebra-se através da idiossincrasia  No ato tímido é que se faz o prazer dos indefesos  E depois a vergonha é quem lhes castiga  Pois, na defesa do próprio regozijo   Atacam com alma sedenta, que do outro necessita  Quem sois depois?  Já não se sabe se moça inocente e educada Aquela desprendida dos valores materiais Ou mulher de alma envenenada  Por sensações mundanas e carnais  Já preenchida pela doença maníaca Que na sujeira da carne alheia se satisfaz Ainda que beijando o algoz Pois o mau não importa, se o tal prazer lhe traz.

O Preço do Amor

 A Violência se estabelece na cidade. Mas, esta não é uma violência de corpo a corpo, é a violência das almas. Almas que, encerradas em si mesmas, negligenciam quem está próximo. Quando preza-se por aquilo que se ama, deixa-se de enxergar aquilo que poderia também ser amado. Amar tem um preço, que talvez seja o de limitar-se a quem se dedica o amor, ao ponto de ter que se fazer escolhas de sacrifício.  A violência então prevalece. Em nome dos amores. Alguns amam pessoas, outros amam dinheiro mais do que pessoas. Mas o dinheiro novamente favorece à certas pessoas, nem que seja o próprio indivíduo possuidor dele. E neste ciclo de amores infiéis, perdemos a capacidade de olhar o outro

Loucura de Amor

No desejo te enredo No meu laço te sufoco Na loucura lhe mantenho No beijo te consolo Amor que acaricia ferida que provoca Amor que domina o sorriso e no choro desola Produz em canto a voz doce e terna, mas em grito voraz na autoridade se revela Consome o fluido que enche de vida  E depois no leito se compadece e com remédio revifica  Não me tornes mais tola diante da inebriante sensação  Não me tornes mais o desejo pela contradição  Me defina por palavras sinceras  Ou permanecerei a lhe encher de devastação Pois não soube amar ou dar o perdão 

Reflexões em Meio à Reflexos

 São todos reflexos Reflexos de suas ambições Reflexos de suas paixões O reflexo daquilo que amam e daquilo que odeiam E na eterna reflexão se repetem São a corrente Encadeados pela necessidade Acorrentados pela própria maldade Desfazem os laços mas sem nunca desfazer as dores e o cansaço Repetem-se Refletem-se Eu em tu, tu em mim, nós nos outros os outros em nós mesmos E todo pronome se fará em apenas uma carne, farta de existir Estas linhas ferem? - Talvez tua própria alma já estivesse ferida e arrumando pretextos para justificar Estas linhas te dizem algo? - Estas linhas não significam nada além daquilo que poderias traduzir Refleti nada mais que o mundo

Fabricando a Felicidade (dedicado à serotonina e dopamina)

 É possível fabricar a felicidade? Vamos então fazer o seguinte: Sintetisemos pois, algumas moleculinhas, pequenas e simples. De estrutura facilmente quebrável.  Mas, pôr-las-emos, com toda perfeição que seu encaixe permite. Nos seus corretos receptores e teremos então, teremos então a grande explosão!  Explodirão as cores! Os sabores! Os odores! As luzes! Os amores!  ... Os dessabores e mais tarde dores!  Quando finalmente, se quebram então.  Porque, a cada explosão se reconstituem em forma de cacos, que é de onde originalmente provieram. A letra se faz palavra, a palavra se faz frase, a frase se faz em texto. O texto se faz em incompreensão. E na falta de sentido aqui estamos...  Algo explodiu em ti? Por um segundo que fosse?  O modo como elas se encaixam ou escolhem se remontar não tem explicação...  Dos cacos se refazem e em cacos novamente se transformam.  Em sua eterna dança.  Dançando vão, fazendo-nos cantar vão. Na saúde, na doença, na mais bela companhia ou na pura solidão.  A

O Real em Mim

 Na luz eu me faço No peito há o cansaço Cansaço do iluminado Que em forma se fez flor, e na dor se fez amor No meu quarto, novamente me desfaço Atrás das paredes desnudas me refaço Onde ninguém vê, ou valoriza este espaço Preenche - se então, novamente a compensação.  Minha bagunça é a realidade, minha vida a simples conformidade Por entre as manchas e sujeira Por entre a o pano amarrotado e em meio ao emaranhado, organizo aquilo que se chama real O real em mim, é o defeito que é para ti  O real em mim, é aquilo que sou mas oculta-se por medo  O real em mim é a cor  O real em mim é a dor  O real em mim é a flor O real em mim é o amor Cor de parede manchada, cor de parede descascada  Dor de quem possui tudo e não possui nada  Flor que não é bela para perspectiva alheia, mas que na arte se desenha  Desenha também o amor, através da palavra A palavra significa  A fotografia demonstra  O sentimento revela  Bem vindo à minha bagunça

O Querer

 Querer, é um sentimento de inconformidade por si só.  Querer, é não se convencer o bastante do que está ao seu redor.  E por isso queremos. Queremos e nos projetamos. Nos outros, nas coisas, no futuro. Queremos fugir do aqui. Queremos fugir do agora. Queremos fugir de nós mesmos. Queremos e queremos, sem controle da nossa vontade. Porém, querer é viver e viver é se inconformar... Onde não há vontade, não há para quê. Não há busca. Não há movimento. Não há mais nada...

Sou de Mim

 Não volte.  Não é necessário.  Demorou mas superei você.  Não se estrague ao retalho, que se torna quando em pena se transforma.  Não me engane.  Não se faça de desentendido, com essas juras de amor sem sentido.  Não olhe em meus olhos com suas mentiras.  Estes, que tanto amei e agora me chicoteia.  Estes, que tanto me encheram de luz e agora raiz de todo mal provocam.  Por que choram? Era eu quem deveria chorar, mas você drenou minhas lágrimas.  Agora, semeia suas mentiras na esperança de a chuva retornar.  Mas não retorna.  Agora acabou.  Sou dona de mim e daqui me movo para longe.  Para longe da dor. Para longe do amor. Para longe de tudo. Para longe de tu. Não me siga! Meu caminho é estreito e árduo, preciso seguir sozinha.  Porque há coisas que a vida quer conversar comigo pessoalmente e se eu tivesse de explicá-las, você não entenderia. Me deixe com meu vazio.  Vou amar este buraco.  Ele é lindo e me ensina.  Me deixe comigo, eu me preencho. Não mais dos teus olhos, mas da minha

Vontade

  Se minha prisão é a carne, como faço para libertar o pensamento? O pensar é conduzido pelo viver. Ou talvez o viver seja conduzido pelo pensar. Mas a minha vida só flutua no meio.  O pesar do existir martiriza.  Já não consigo problematizar... ...Nem xingar.  ...Nem me emocionar. ...Nem amar. ...Nem caminhar...  ...Ou admirar. Fiquei acorrentada e enquanto uma parte de minha mente procurava saída, escapou por aqui. Veio então pedir socorro.  Socorro, ó vida!  Socorro, ó coisas lindas! Socorro, ó mãezinha! Socorro, ó pai! Socorro, ó deuses! Socorro, ó amigos queridos! Socorro, ó eu! Que se esconde e dorme...  Socorro, reação!  Socorro, natureza!  Socorro! Socorro...socorro... socorro. ...somente corro.... Esteja comigo aqui, eu te peço, Vontade! Esteja comigo aqui, eu te peço, me ache! Esteja comigo aqui... apenas esteja...  Olhe o quanto eu deixei por fazer.  Você se foi. Me engana que volta, mas se vira de costas novamente e nunca retorna. Me ludibria com seu sorriso ao longe, mas p

O Verdadeiro Amor

 O amor nos consome enquanto buscamos por ele. Ele nos fulmina, enquanto sedentos estamos a sua procura.  porém, ainda que o encontre, uma alma incompleta nunca se dará por satisfeita.  No entanto, toda alma é incompleta, então qualquer satisfação sempre será ilusão.  Ainda assim, corremos incansavelmente em busca de algo que nos satisfaça mas sem nunca perceber o quão vã é esta busca. Pois, para aqueles que buscam nos outros algo que lhes falta, é porque de si próprios já se perderam.  Por isso, viver em busca de amor não basta. Obter amor é uma satisfação momentânea e passajeira.  Contudo, ser capaz de sentir amor em si, este sim é o sentimento mais completo e capaz de nos definir.  Pois não é aquilo que te entregam que pode dizer quem és, mas aquilo que és capaz de oferecer ao mundo, isto sim lhe define.  Dessa forma, cabe aqui dizer que para aqueles traídos, enganados, iludidos, odiados, órfãos, abandonados. Para aqueles a quem a vida reservou as mais terríeis amarguras e ainda ass

Portas do Coração

 Dentro dos corações habitam universos de emoções. Abri as portas do meu algumas vezes. Muitos apenas espiaram a entrada por um instante, mas nunca se interessaram de desvendar seu interior. Decidi fecha-las para conservar o local, porém ainda deixando as cortinas descobrindo as janelas de vidro. De vez em quando veem-se por através delas prateleiras com algumas histórias, mas ainda assim, ninguém bateu à porta. Tudo bem, ainda que ninguém entre e me faça companhia, ainda estarei aqui em mim mesma e acumularei as coisas mais belas que o mundo tenha a me presentear, é uma pena no entanto guarda-las somente para mim, mas não é por egoísmo não. É só que, compartilhar com aqueles que não os apreciam, é um grande desperdício e perda de tempo. E, além do mais, é necessário tempo e interesse. Já que, admirar através do outro aquilo que não se testemunhou, requer mais do que a capacidade de apenas atravessar a porta, mas sim sentir o ar, os cheiros e o ambiente. Somente estando ali de fato é p

Deserto

  Somente a escrita, além dela não possuo mais nada.  Não sou capaz de nada. Só sei sentir, não sei mais como agir.  Não sei onde ou quando, não sei o lugar. Ando perdida. Já nem quero me encontrar. Não há mais nada em lugar nenhum. Já não sei onde procurar.  A caminhada sem fim, por um deserto angustiante. É árido e frustrante. Só mágoas eu bebo, somente lágrimas produzo, somente o sol eu recebo. É árduo. Um desafio que não posso vencer, mas preciso lutar até o final.  Fique vivo o quanto puder, apenas o quanto puder. Ninguém sabe o porquê. Só tentaremos.  O oásis que em ti esperei já secou e se foi. O sonho em que me projetei, notei que era uma miragem alucinante. No final há apenas o sol, sua luz ofuscante e um caminho incerto.  Mas dizem que o deserto ensina. Fui ou não capaz de aprender? Fonte da Imagem: https://br.pinterest.com/pin/521995413069247704/

A Singularidade

Dói existir de maneira singular, pois ser singular é ser um só. E como um só, estamos separados uns dos outros.  Porém, é diante da experiência de ser o que somos que podemos ser traduzidos em conjunto como o todo.  Ainda assim, o que você sente, aquilo que vê, o que pensa e se é que pensa, nunca poderá ser traduzido diretamente ao outro. E ainda que possamos dividir breves instantes para trocar aquilo que temos, não será o suficiente para se transpor a barreira do singular. Ser singular portanto, é ser indefinido e não se pode definir por categorização aquilo que apenas é por si mesmo. Não se descreve o que não se pode nomear. Não se observa o que não se pode enxergar. Os sentimentos dentro de cada um são assim.  Mas, no somatório daquilo que é individual é que temos o todo. E no todo, tudo está contido em tudo. Tudo é um e se mistura envolto pelo nada e também entremeado pelo nada, aquele absurdo sempre presente. O nada é capaz de descrever o todo e dentro deste cria espaços. A cada

Bird on the Window

  The little bird was gone. But in my heart there was a desire of could see it again. The little bird was gone and a part of my dream was gone with it. Maybe in its wings a silent whisper remains. It's a whisper of heart that someone else could had captured when the bird passed through and then retain.  It was a single bird with its unique sound, that was the soundless echo of a soul that can fly and never falls down.  ... It is always a white day when I wright this lines.. The bird was gone, but let something in my mind.  Fonte da Imagem: https://br.pinterest.com/pin/34340015901279895/

Penso, logo sou egoísta...

 O olhar sobre si mesmo reduz a percepção sobre o mundo. Toda vez que o único ponto interessante para o objetivo do pensar passa a ser o próprio indivíduo, a capacidade do raciocínio é reduzida pois, toda produção de pensamento cicla em torno de apenas uma circunstância. O ser. Diante de um mundo em que existem vários seres e ambientes e maneiras de existir, estar reduzido a si é a cegueira da existência. Mas todo ser pensante está naturalmente fadado a isto, de uma maneira ou de outra. Talvez não pensar seja libertador. Ou talvez pensar menos ou pensar em contradição com aquilo que se acredita beneficiaria-nos. 

As Luzes da Cidade

 O Morro que se levanta contra o horizente é iluminado por singulares pontos brilhantes. Forma um padrão traquilizador à apreciação, enquanto a cidade veste seu manto noturno e cada luz clama cintilante como a representação da vida que se faz presente.  Se cada lâmpada da cidade representa uma vida dentre aquelas que a habitam, então a vida de certo modo se manifesta ao anoitecer. A vida na cidade se inicia quando todos estão quietos dormindo e somente as luzes falam por si. Porque, de sonhos são feitas as noites e cada janela acesa abriga um destes que podem ser sonhos calmos ou obscuros. Sonhos com desejo ou amor, ou cheios de realização. Porém os sinos tocam com o nascer do sol ofuscante, que abafa as vozes das ínfimas luzes e estas finalmente se apagam. Diante deste astro mais potente são ofuscadas e diante do desejo sucumbem, assim como diante do amor se perdem e diante da claridade morrem.  Lá se vão os doces sonhos dando lugar a mais um dia árduo. Porém, o dia insiste em dar tré

O Turbilhão de Um Só Coração: Onde Encontrar a Felicidade

 Às vezes, eu choro mas sem lágrimas. Às vezes, não sei o que sinto e começo a rir... Às vezes, sinto saudades porém me abstenho ao toque. Às vezes, o intocável me parece perverso e devora a minha mente e o meu coração. Às vezes, me perco em mim mesma e sinto não ser capaz de me reencontrar mais. Mas em outras vezes, me reencontro no abraço de certas pessoas.  Algumas vezes, eu acho que estou perdendo a sanidade e que posso ir embora para sempre. Porém percebo, que provavelmente continuarei sempre no mesmo lugar. Rio enquanto odeio, choro enquanto amo, vivo enquanto estou morta por dentro. Tenho esperança em meio ao caos e sinto o caos em meio à paz. Sou tudo isso e não consigo ser nada. As pessoas vêm e vão, de todas as maneiras possíveis. Elas mudam, elas morrem, elas nos deixam. No final só sobra a confusão e talvez uma xícara de café fresco na mão em uma tarde de chuva em que o céu está lindo.  Talvez percamos a visão, o instinto, o tato, o sentido. Talvez eu perca você e você a mi

O Valor que Se Busca

 Talvez a necessidade de reconhecimento, de qualquer tipo que for, seja fruto da falta de percepção de si.  Talvez, essa satisfação através do olhar do outro, não importando quem seja, se trate principalmente da incapacidade de compreender o próprio valor. Pois, o valor de alguém é um status que só se aplica quando o outro também é capaz de atribuí-lo. Por isso, estamos todos competindo em algum nível pelas atenções e buscando através de terceitos a satisfação do existir. Como se somente dessa maneira pudessemos ser capazes de comprovar nossa existência.  No entanto, pode o outro realmente nos enxergar? Provavalmente não. Estamos todos sozinhos desde sempre e cada indivíduo é singular, pois sua existência se trata de uma perspectiva sobre o mundo que se dá dentro de cada exato instante em que a experiência pessoal torna possível o pensamento. E parafraseando agora Carl Sagan, dois humanos mesmo que sejam gêmeos idênticos, nunca poderão ser iguais de fato, já que em seus cérebros milhar

A Importância das Coisas

 Aprendi a olhar para as coisas como um ponto insignificante no tempo, já que o tempo corre e se estende sempre para além do que se pode alcançar.  Então, não importa se são alegres ou tristes os momentos, eles sempre são ínfimos e irão se esvair diante da imensidão imensurável do porvir... Mesmo que se deteste isso...  Mas, ainda assim, pode ser que  haja um lado positivo, quando se aprende a tirar proveito. Afinal de contas, os piores momentos e as piores lembranças também tendem a ir embora, ou perder a importância.

The God of Time

Have you paying attention on me? I am the God of Time. I am the master of change. The capacity of changing controls everything, nothing remains the same.  So, things change, people change, the universe changes.  But I, the master, never change. I have been always here, being the beginning without end.  Bend your knee in front of me. I am going to take you away for the nowhere, for the non-existence. Bend your knee in front of the Time. I could blow all your pain away. But don`t you never dare to forget: I will be always around you, taking whatever you love too. I am the only God which you should respect. Before I started, there was nothing. Since I appeared, there was all. I always conduct things to their end. Pay attention around, it`s all mine. Every step you take, every thought, every look, every breath...all is going in my direction.  You can not run. So just pay attention and be marveled about my power.  The God of everything. The fourth dimension. I am inside you and inside all t

Infimidade da Dor e do Ser

 Somos tão pequenos. Tão minúsculos e insignificantes diante da imensidão do nosso mundo e o nosso mundo diante da imensidão do universo. Do que importa toda a dor ou todo amor que sinta? Do que importa todos os seus problemas e aflições? Diante de tudo o que a humanidade já foi e é capaz de sentir em somatório, do que importa o que vc carrega consigo? O tempo se arrasta e as questões permanecem as mesmas. Nossas preocupações giram basicamente em torno de nós mesmos. Mas como pode algo tão ínfimo se tornar a coisa mais importante no mundo? Não pode, e por isso somos cegos. Talvez ao sofrermos, devêssemos parar e perceber que não há nenhum motivo plausível o bastante. Todas as coisas que ocorrem seguem apenas o fluxo natural de sua ocorrência. Os seres vivos tendem a morrer e a vida tende a renascer. Nada para, tudo muda, mas temos medo de nos perdermos no caminho. Sem atentarmos contudo, que nunca nos tivemos. Onde estou eu se não no aqui e agora? Onde estou eu se não sou capaz de perc

Da Satisfação ao Ócio, do Ócio ao Desejo, do Desejo à Satisfação

 A satisfação de alguns se dá com o luxo, a de outros pelo amor. E ainda há aqueles que se satisfazem através da beleza. Porém, também existem os que não se satisfazem com nada. Mas, talvez seja certo dizer que a insatisfação nos move. Só nos movemos porque não aceitamos o que já temos, passam então os dias com cada um se construindo  pela insatisfação e assim que se dá a natureza humana.  Por mais que alguém se agrade do que já tem, cada vez que se busca usufruir disto, na verdade estar-se-á exercendo a insatisfação de querer mais daquilo que já possui. A insatisfação move o mundo porque as necessidades são infindáveis. E quando são passíveis de fim, logo são substituídas por outras. A vida não pode parar e precisa de pretexto para se mover. Talvez o segredo esteja em perceber quais as necessidades são mesmo necessárias e quais são aquelas que nos estagnam sem percebermos... E você? Do que tem necessitado?

Você é Mais do que Sua Própria História

Neste momento há você, um coração pulsando em seu interior e uma mente, que também pulsa no ritmo dos pensamentos. Neste mesmo mundo em que você existe também existem a paz e a guerra, o amor e o ódio, a chuva e a seca, a fartura e a fome, o belo e o horrendo, nascimento e morte. Tudo isto em um pequeno mundo em meio ao cosmos infinito. Você está aqui e agora, e enquanto seus pés tocam no chão todas estas coisas também existem mesmo que não as enxergue. Tudo existe e coexiste enquanto você é parte disso e sua história também é a história da vida, é a história do mundo e do universo. Eu sou você. Você sou eu. Nós somos o todo e o todo é o nada, sendo o tudo a única coisa que existe e importa, pois é indivisível. A ordem vale a pena, o conflito vale a pena, o amor vale a pena. Tudo é um...

A Palavra

  Quando a palavra é a é a unica coisa que resta, sendo capaz de lhe acalentar o coração, significa que você já esgotou a vida. O mundo tem uma maneira superficial de ser, tem seu jeito, sua forma, seu entorno, sua gente, seu sabor. É físico em toda sua maneira, mas o físico já não te satisfaz mais porque você cansou de ser carne e se tornou a abstração. Você se tornou o inominável, o invisível, o nada. A palavra é a única capaz de trazer isto à existência e através dela você vive. É solitário e dói, mas é a única coisa que te satisfaz. Porque diante do mundo físico e superficial, é o que há de mais real. Eu amo o que não entendo, porque enquanto não entendo não possuo e enquanto não possuo este algo, não faz parte de mim e quanto vivo, nessa incompletude, buscarei entender. É no entanto, um caminho sem volta. Pois quanto mais eu avanço mais me afasto do início e aquele eu de lá de trás se torna irrecuperável. Já não tenho a mim, não possuo o mundo, não possuo as coisas que me rodeiam,

O Mundo Através da Janela

  Ao olhar pela janela da condução que subia o viaduto, vi o céu tremendamente claro em nuvens brancas, tão imenso e expansivo. Era maior do que por exemplo, todas as emoções que poderiam caber em uma pessoa só. Indescritível... Fui tomada por aquela conhecida sensação de infimidade, em relação ao todo. E enquanto a viagem seguia, ao longo da subida revelava-se cada vez mais a grandeza daquele rico céu, mas também, a triste e pobre cidade abaixo dele. Os humanos são incapazes de perceber sua própria pequenez, porque nos propomos a nos esquecermos dela. Percebi isso, ao reparar naquelas casinhas, e como a vida das pessoas era reduzida à estas e às suas próprias coisas, sem nunca perceberem o céu acima de suas cabeças, pois os corredores de cimento em que habitam, limitam sua visão. Então, notei que todas as coisas humanas são projetadas para o conforto e pequenez humana, para que possam se sentir mais adequados e proporcionais diante da imensidão na qual estão imersos. E assim foram-se