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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Crônica: A Estátua que Chora:

Introdução : Esta é uma crônica inicialmente concebida durante um passeio pelo Campo do Santana, parque localizado no bairro do Centro, no RJ. Ela apresenta uma visão melancólica sobre a vida cotidiana e o ritmo das coisas na cidade grande. Que agravam sentimentos de solidão por exemplo. Tema bastante presente nos dias de hoje em meio a sociedade virtual. Pessoalmente, gosto bastante dela. Pois, é um texto que traduz não somente meus sentimentos, mas daqueles que costumam ser mais introvertidos e observadores. Por isso, a personificação da estátua que chora é ideal. E foi a imagem da estátua no parque debaixo da chuva, que me inspirou. Espero que gostem.     ---**--- Eu sempre estive aqui à observar, mas ninguém nunca me observou de volta. Não olhando diretamente em meus olhos, pelo menos. Talvez, tenha sido a frieza de minha superfície que os afastou para sempre .  Impedindo-os assim de me reconhecerem. A mim, a estátua que sempre os acalentou com olhos vagos, porém,

Poesia: Café e Migalhas:

Introdução : Olá leitor(a)! Seja muito bem vindo ao blog Café e Cheiro. Fico feliz com sua visita. Esta é a postagem inaugural e como tal, deveria trazer um tema adequado. Por isso escolhi esta poesia, que fala basicamente sobre o amor ao ato de tomar café e as dificuldades de lidar com sentimentos intensos. Boa leitura ;)  ---**--- Na boca a saliva suculenta, Na mente a emoção insana, O paladar festeja enquanto a felicidade clama; O cheiro forte e inebriante do café recém passado, O bolo já assado... Vêm finalmente a alegria! A amarga fome, que aguardava então o saborear e vontade de saciar, Dá lugar à frenesia De ter-me tornado pura fartura enquanto comia Ainda que na aceitação, de que nas migalhas em breve chegaria O ato de comer é como o de deliciar-se, na regurgitação do desejo insano! As tristes sobras, contanto que raspadas, tornam-se um pouco mais apropriadas, E enquanto ao som da música suave, os dentes chocavam-se para macerar a refeição,