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À Morte

Olhei para ti Temi Me apaixonei Fugi, chorei. Mas te desejei. Diante de toda tua beleza e força, nos lança aos teus pés Damos-lhe o nosso bendito tempo Você toma a nós mesmos em seu curto prazo Nada te basta Tudo queres e tudo consegues Mas, minha vida a ti sorri e espera É nessa contradição, do sentimento que trazes, que me corrompo Meu peito treme, meu espírito está em assombro Contudo, minha mente, quer ir ao teu encontro Se fugir, enquanto te idealizo não basta, escrevo-te palavras devotas Ó bela escuridão, que nenhuma luz alcança, Se não posso ter-te, que me acalente na esperança  De levar-me embora, repentina como um espanto Carregando toda a dor e mágoa, enquanto assumo que te amo Texto por Sandy JP Souza Fonte da imagem: https://www.susanocorreia.com.br/product-page/o-beijo-do-amor-verdadeiro-gravura-em-metal  
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Sangue no Asfalto

  O corpo que se esvazia de vida trepida no chão, como as folhas da noite fria Sangra de modo que, ao olhar, o íntimo da alma arrepia Transmite a ela o medo de se perder na névoa sombria Um caminho sem volta para aqueles que se desviaram do que se chama vida  Na agonia muda, a boca abriu-se e por ali se escapou o espírito  O coração terminava de pulsar com toda força, na insuficiência de agarrá-lo  E despejado foi para outro tempo, para o passado... Restando no presente somente o sangue já seco no asfalto  E as mentes atordoadas dos que testemunharam Lá estava ele O corpo, ainda quente, mas o coração finalmente cessou de pulsar E permanecia quente...  Como uma imitação do acalento, que aqueles que se movem possuem a graça de esbanjar Morte versos a vida, eu já não conseguia diferenciar... Meu corpo ainda vivia, mas minha alma era morta comparada aquele que ali se estendia Qual a diferença? Não há o que pronunciar...  ------ Fonte da imagem: https://www.pngfind.com/mpng/TJThbo_leaping-c

Fantasma

Sou apenas um espelho da realidade ...Um fantasma sobre a superfície plana Que desliza em busca do que absorver Só sei sentir e já não consigo mais ver Link da imagem  https://pin.it/2NLe6OG

Vida

Beijou-me... Acordei! De um sonho o qual nunca recordarei Porque o antes não importa Só nos movemos adiante De braços dados com o tempo que conforta Presentuou-me de sentidos,  como o prazer... ...Diante da dor me fez crescer Olhando para ela, muitos se apaixonam  Mas há aqueles que tomam-lhe desprezo tão profundo, que por vontade própria a abandonam... É mãe e amante Algoz relutante Insiste em ser sem precisar de razão Brota de ventres sem pedir permissão Existe a matéria inerte, inanimada, descontente e com pouca graça E existe a vida! Que enche certos corpos, dotando-lhes de liberdade, para fugirem de serem mortos Mas cobra caro através de necessidades Sede, fome, desejos da carne... Tudo tem um preço e a vida precisava ser o mais caro Afinal de contas, nada carrega-se de fato Além desse sopro de vontade que a nós,  um dia deixará de ser dado Mas até que este dia chegue Sua presença é festa Com toda guarnição bem servi

Morte

  Penso na morte... ...no quanto ela me rodeia até que me cerca Sinto a angústia da vida que está por um fio Sob ameaça invisível que não pode ser enfrentada Só aguarda o último suspiro que acalenta o arrebatar repentino do destino Penso na morte e me vem o frio Penso na morte e me vem a dor precoce daquilo que deixo para trás sem nunca ter visto Para que vivo se todo dia morro? Para que persistir assim? Quero parar de sentir para não mais temê-la Porque quanto mais sinto, mais tenho a perder quando ela de mim levar os sentidos Pelo menos levará também o medo maldito e depois disso me libertará... Tenho minhas dúvidas se é a liberdade do vazio que se deve desejar... Sinto medo da morte pois sinto medo da liberdade e da prisão ao mesmo tempo Quero sair, mas quero que se aproxime com aviso e bom pretexto Para que dela possa me vangloriar como heroína após tudo - Olhem para mim - diria - Morri depois de viver bem Que beleza seria... Porém, me engano eu sei... tentar ver b

Lótus

 A flor de lótus desabrocha Em meio à aguas negras de noites geladas Sob as estrelas o branco demonstra Sua calma beleza enquanto ventos carregam seu perfume Vívida é sua doçura Mas que durante o amanhecer se desmancha Flores caídas contudo, não estão mortas Dormem sonolentas em águas profundas Para que do seu pendor o desejo nasça E força pela vida ganhem novamente Retomando como das cinzas o seu presente Desalento daqueles que não compreendem de onde realmente provém sua fonte Fonte da Imagem: https://br.pinterest.com/pin/753578950158673721/

Florescer dos Meus Demônios

 Quando não fui capaz de dominar a mim, os demônios se apossaram.  Há muito conhecia seus rostos. Rostos que sempre espreitaram. Suspeitando então da minha vaga lucidez, os aparentados me amarraram em torres de papel, de paredes escritas com insensatez. Nuas porém, vibravam com meus gritos apavorados. Cada grito possuía sua própria intenção. Uns de despir as roupas do mundo...outros minha própria ilusão...E havia aqueles que me corroíam, por não conseguir achar escapatória nas palavras e com as mãos já cansadas, eu me despedaçava... De corpo doído e alma esmigalhada, ao cessar da insistência dos demônios, que em algum momento haveriam de dormitar, levantei-me a declarar: - Não sou livre. Não sou. Mas pelo menos conheço minha prisão e minha dor. Enquanto puder sorrir, sorrir ei. E enquanto puder o sol admirar, admirá-lo ei. Assim como a lua esperarei, daqui desta torre de papel pichado.  Mas o dia chegará em que a haverei abandonado, rasgando tudo como rasgou-se minha alma. Rasgando fin